O movimento De Stijl e suas influências no design, artes plásticas e arquitetura
Os primeiros trabalhos realizados pelos pintores Théo van Doesburg e Piet Mondrian, além do arquiteto Gerrit Rietveld, ocorreram na Holanda a partir de 1917 e estão associados ao De Stijl ou Neoplasticismo, que teve expressivo destaque e passou a ser reconhecido como um dos marcos da Arte Moderna do início do Século XX.
O design gráfico teve grande destaque, especialmente a partir da publicação da revista De Stijl, dedicada às artes plásticas e, posteriormente, em 1921, à revista Mecano. Nesta fase, Holanda, Alemanha e Rússia dividiram com os seus movimentos – De Stijl, Bauhaus e Construtivismo –, a vanguarda do design, expressos nas artes do desenho industrial, tipografia, fotografia entre outras áreas.
O movimento De Stijl buscou sua expressão artística no abstracionismo distanciando-se da forma de representação através da reprodução e da ilustração, comuns em outras tendências observadas na arte tradicional, evitando-se assim referências da representação dos objetos e da reprodução figurativa.
Este racionalismo formal buscou um novo mundo ideal, expresso através da beleza e das formas puras, utilizando cores primárias, escalas de cinzas e linhas retas formando retângulos. Este equilíbrio entre o tempo e o espaço, o movimento e o repouso, era o ideal de harmonia desejado pelo movimento.
Ao De Stijl somaram-se artistas em diversas áreas de atuação: arquitetos, designer de móveis, artistas gráficos, cenógrafos, artistas plásticos, tipógrafos entre outros. Destacam-se no mobiliário a cadeira Vermelho e Azul (de 1917) e na arquitetura, a casa Rietveld-Schröder (de 1924), projetadas pelo arquiteto Gerrit Rietveld. Nas artes plásticas, as telas do artista Piet Mondrian são os ícones mais conhecidos deste movimento.
Até o próximo dia 4 de abril o Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo reúne cerca de 60 obras do movimento De Stijl, entre pinturas, desenhos de arquitetura, mobiliário e fotografias. É uma oportunidade para conhecer uma das correntes artísticas mais relevantes do Século XX. A mostra seguirá depois para Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Visitação: de 25 de janeiro a 4 de abril de 2016 (4ª a 2ª feira, das 9h às 21h).
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro)